Mãe indignada com falta de decisão

Ana Rita Leonardo continua à espera que o Tribunal de Cascais se pronuncie sobre a guarda do filho. Criança está desde o início de Julho numa instituição em Carcavelos.

A mãe de Martim - a criança cujo processo de adopção foi suspenso no início de Julho depois da família ter entrado em greve de fome - diz-se "indignada" pelo facto de o Tribunal de Família e Menores de Cascais ainda não ter tomado uma decisão quanto à guarda do filho.

A criança de dois anos e meio está desde o dia 13 de Julho numa instituição de acolhimento em Carcavelos, onde chegou vinda do Refúgio Aboim Ascensão, em Faro, à espera de uma decisão judicial.

"O menino está a ficar cada vez mais triste e mais irritado. Já conhece perfeitamente a mãe e o pai, com os quais mantém uma óptima relação, mas por decisão judicial ainda não deixam os avós, tios e outros familiares irem vê-lo", conta Ana Rita Leonardo, de 16 anos. "Nem sequer nos deixam dar uma volta com ele para fora da instituição", lamenta.

É que, segundo a progenitora, o actual ritmo das visitas já está a saturar o filho, que não pode abandonar a instituição, nem para passear com os pais.
"Nas visitas durante a manhã e em dias alternados, eu e o pai, chegamos à instituição, acordamo-lo, damos-lhe banho, o pequeno-almoço e brincamos com ele. Depois do almoço, deitamo-lo e vimo-nos embora. Sabe que quando acorda já não vê o pai nem a mãe. Afinal, onde está neste momento o superior interesse da criança?", conta a jovem.

Ana Rita diz que Martim lhe diz que também quer "ir para a rua", mas que ela não o pode trazer.

"Ele pergunta porquê e eu já não tenho como lhe responder. Imagino como estará a cabeça dele porque não consegue entender porque não pode sair com a mãe nem com o pai. Quanto mais tempo permanecer na instituição pior será para ele", alerta Ana Rita Leonardo.

Segundo apurou o DN, o processo está a evoluir no Tribunal de Família e Menores de Cascais, que aguarda vários relatórios para se pronunciar.

e a tua opinião é ?

acho que devem entregar o rapaz a mae...e ir acompanhando o caso de perto e auxiliar e caso de alguma necessidade.

segundo a mae e a familia tem condiçoes para o criar, nao me parece de todo caso nem de maus tratos nem de miseria nem de um filho indesejado, portanto...

penso que ficara bem entregue a familia.

concordo.

concordo tb.