PS cede a Cavaco e adia polémica lei da eutanásia
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PS cede a Cavaco e adia polémica lei da eutanásia
O projecto do PS regulando o direito à eutanásia foi apresentado há quase dois meses. Não houve tempo para o levar à votação final.
O projecto do PS que cria o chamado "testamento vital", forma indirecta de se regulamentar o direito à eutanásia, já não será aprovado até ao final da legislatura.
O diploma encontra-se na Comissão Parlamentar de Saúde, ainda não se iniciou a sua discussão na especialidade (artigo a artigo) e entretanto ainda estão por receber alguns pareceres e fazer algumas audições. Sendo que, entretanto, o tempo corre: o Parlamento fecha para férias de Verão nesta semana, estando o último plenário de votações marcado para quinta-feira.
Membros da bancada socialista admitiram ao DN que é impossível agendar a votação do diploma - que o PS apresentou há cerca de dois meses, em 22 de Maio - de forma a que ele seja aprovado antes da sessão legislativa terminar. Se isso de facto acontecer - ou seja, se não for agendado para votação final e global - então caducará com a legislatura.
Dito de outra forma: por vontade do PS - ou de que qualquer outra bancada - só poderá ser retomado depois das eleições legislativas. Sendo que, se a direita vencer com maioria, então estará condenado ao chumbo (na votação do projecto na generalidade, em 28 de Maio, o PSD e o CDS votaram contra). Se fosse agendado para votação final ainda na presente legislatura teria aprovação garantida.
Com mais este "arquivamento", o Parlamento acaba por ir objectivamente ao encontro de sugestões recentes do Presidente da República para o final da legislatura não fique marcado pela aprovação de diplomas polémicos ou "fracturantes". Um apelo que o Presidente fez a dirigentes parlamentares numa recente audiência em São Bento.
Cavaco Silva sempre se mostrou conservador face a diplomas da chamada "agenda civilizacional" da esquerda parlamentar. Vetou o novo regime do divórcio (que a esquerda parlamentar retomou quase na íntegra, forçando-o a promulgar) e exprimiu também sérias reservas à nova lei da procriação medicamente assistida. Para efeitos de redacção final encontra-se ainda no Parlamento um outro diploma da mesma agenda, o que alarga os direitos dos casais vivendo em união de facto.
Após o longo braço de ferro entre a maioria PS e Belém na questão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores (que o Presidente foi obrigado a promulgar, assumidamente contrariado e porque o Parlamento, quase por unanimidade, lhe ignorou as críticas), os socialistas começaram a ser mais contemporizadores com as sugestões de Belém.
Outros "arquivamentos"
Cavaco Silva vetou a proibição do voto por correspondência dos emigrantes nas legislativas e o PS deixou cair o seu reagendamento; vetou o novo regime do financiamento partidário (que aumentaria exponencialmente a possibilidade de os partidos se financiarem com donativos privados) e a lei morreu; devolveu igualmente à Assembleia da República a nova lei, proposta pelo Governo, anticoncentração dos media, e o destino voltou a ser o mesmo: projecto arqui- vado; aconteceu precisamente o mesmo com o novo regime lei do segredo de Estado, aprovada pelo PS e pelo PSD, que iria resolver, ao fim de 15 anos de vazio, o problema da fiscalização da classificação de documentos. Socialistas e sociais-democratas argumentaram com falta de tempo para voltarem a pegar no diploma. Caducará, tal como os articulados referidos anteriormente, com o final da legislatura.
O projecto do PS que cria o chamado "testamento vital", forma indirecta de se regulamentar o direito à eutanásia, já não será aprovado até ao final da legislatura.
O diploma encontra-se na Comissão Parlamentar de Saúde, ainda não se iniciou a sua discussão na especialidade (artigo a artigo) e entretanto ainda estão por receber alguns pareceres e fazer algumas audições. Sendo que, entretanto, o tempo corre: o Parlamento fecha para férias de Verão nesta semana, estando o último plenário de votações marcado para quinta-feira.
Membros da bancada socialista admitiram ao DN que é impossível agendar a votação do diploma - que o PS apresentou há cerca de dois meses, em 22 de Maio - de forma a que ele seja aprovado antes da sessão legislativa terminar. Se isso de facto acontecer - ou seja, se não for agendado para votação final e global - então caducará com a legislatura.
Dito de outra forma: por vontade do PS - ou de que qualquer outra bancada - só poderá ser retomado depois das eleições legislativas. Sendo que, se a direita vencer com maioria, então estará condenado ao chumbo (na votação do projecto na generalidade, em 28 de Maio, o PSD e o CDS votaram contra). Se fosse agendado para votação final ainda na presente legislatura teria aprovação garantida.
Com mais este "arquivamento", o Parlamento acaba por ir objectivamente ao encontro de sugestões recentes do Presidente da República para o final da legislatura não fique marcado pela aprovação de diplomas polémicos ou "fracturantes". Um apelo que o Presidente fez a dirigentes parlamentares numa recente audiência em São Bento.
Cavaco Silva sempre se mostrou conservador face a diplomas da chamada "agenda civilizacional" da esquerda parlamentar. Vetou o novo regime do divórcio (que a esquerda parlamentar retomou quase na íntegra, forçando-o a promulgar) e exprimiu também sérias reservas à nova lei da procriação medicamente assistida. Para efeitos de redacção final encontra-se ainda no Parlamento um outro diploma da mesma agenda, o que alarga os direitos dos casais vivendo em união de facto.
Após o longo braço de ferro entre a maioria PS e Belém na questão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores (que o Presidente foi obrigado a promulgar, assumidamente contrariado e porque o Parlamento, quase por unanimidade, lhe ignorou as críticas), os socialistas começaram a ser mais contemporizadores com as sugestões de Belém.
Outros "arquivamentos"
Cavaco Silva vetou a proibição do voto por correspondência dos emigrantes nas legislativas e o PS deixou cair o seu reagendamento; vetou o novo regime do financiamento partidário (que aumentaria exponencialmente a possibilidade de os partidos se financiarem com donativos privados) e a lei morreu; devolveu igualmente à Assembleia da República a nova lei, proposta pelo Governo, anticoncentração dos media, e o destino voltou a ser o mesmo: projecto arqui- vado; aconteceu precisamente o mesmo com o novo regime lei do segredo de Estado, aprovada pelo PS e pelo PSD, que iria resolver, ao fim de 15 anos de vazio, o problema da fiscalização da classificação de documentos. Socialistas e sociais-democratas argumentaram com falta de tempo para voltarem a pegar no diploma. Caducará, tal como os articulados referidos anteriormente, com o final da legislatura.
FreezingMoon- FórumAdmin
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Re: PS cede a Cavaco e adia polémica lei da eutanásia
uma coisa nao tem nada que ver com a outra, o que nao vai a votaçao é o "testamento vital" que nao pode ser comparado a "eutanasia"
agente_mortadela- Hardcore User
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Re: PS cede a Cavaco e adia polémica lei da eutanásia
freezing_moon escreveu:
O projecto do PS que cria o chamado "testamento vital", forma indirecta de se regulamentar o direito à eutanásia, já não será aprovado até ao final da legislatura.
FreezingMoon- FórumAdmin
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Data de inscrição : 18/03/2008
Re: PS cede a Cavaco e adia polémica lei da eutanásia
penq que uma medida como estas irá sempre depender da maioria que estiver assente no governo, pois se for da direita, já sabemos que nunca haverão avanços.
MadFerIt- Gold Member
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Re: PS cede a Cavaco e adia polémica lei da eutanásia
freezing_moon escreveu:freezing_moon escreveu:
O projecto do PS que cria o chamado "testamento vital", forma indirecta de se regulamentar o direito à eutanásia, já não será aprovado até ao final da legislatura.
uma coisa nao tem nada que ver com a outra. se é preciso pesquisa as definições...
agente_mortadela- Hardcore User
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Re: PS cede a Cavaco e adia polémica lei da eutanásia
segundo a noticia: fonte DN
o chamado testamento vital, de uma forma indirecta, regulamenta o direito a eutanasia.
dai ter feito o qoute pk pareceu-me que nao leste bem o artigo.
e o que diz na noticia. parece-me que ha alguma ligaçao, ou entao os redactores do dn andam a inventar coisas.
nao me parece.
nao me parece que va pesquisar, ja sou convicto a muito que a eutanasia deveria ser uma opçao valida. quando for legal,ja vem atrasada.
o chamado testamento vital, de uma forma indirecta, regulamenta o direito a eutanasia.
dai ter feito o qoute pk pareceu-me que nao leste bem o artigo.
e o que diz na noticia. parece-me que ha alguma ligaçao, ou entao os redactores do dn andam a inventar coisas.
nao me parece.
nao me parece que va pesquisar, ja sou convicto a muito que a eutanasia deveria ser uma opçao valida. quando for legal,ja vem atrasada.
FreezingMoon- FórumAdmin
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