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O 'online' não é tão ecológico como se julga

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Mensagem por FreezingMoon Qua 02 Set 2009, 04:21

As vendas digitais de música devem igualar as compras de CD no fim de 2010, mas não será por os downloads serem mais ecológicos.

A previsão para os Estados Unidos foi divulgada esta semana pelo NPD Group, salientando-se a necessidade de uma maior taxa de crescimento nos downloads pagos (20%, quando esse crescimento anual foi de 15% relativamente a Junho de 2008) e uma quebra de 34% nas vendas de CDs para se realizar esse declínio no próximo ano.

A difícil concretização deste cenário - em que não é contabilizada a audição de música em streaming - pode adiar a previsão provavelmente para 2011.

No primeiro semestre deste ano, as vendas legais de música online corresponderam a 35% do mercado, um crescimento face aos 20% registados em 2007 e aos 30% do ano passado, ainda segundo o NPD Group.

Enquanto as grandes superfícies de electrónica como a Walmart ou a Best Buy têm quotas de mercado de 20% e 16%, respectivamente, o principal beneficiário é o iTunes, serviço comercial da Apple que obteve 25% de todas as vendas. Em 2008, essa quota já estava nos 21%, sete pontos acima do registado em 2007. No online, a Apple representa quase 70% do total de vendas.

Se a tendência para obter música por via online parece imparável, o mito de que essa transição é mais ecológica foi atenuado esta semana pelo trabalho The Energy and Climate Change Impacts of Different Music Delivery Methods.

Os investigadores das universidades de Carnegie Mellon, Stanford e do Lawrence Berkeley Lab confirmam que o desaparecimento do plástico dos CD, das fábricas de impressão, dos camiões de distribuição ou dos ineficientes armazéns e lojas tem um impacto positivo, mas a passagem para os downloads digitais também consome recursos normalmente não contabilizados. A análise de seis cenários (três para compra online e outos tantos para a física) permite afirmar que apesar do crescente gasto energético com o uso da Internet, "comprar música por via digital reduz [esse] consumo e as emissões de dióxido de carbono associadas à entrega [física] da música a clientes entre 40 a 80%", dependendo de a guardar ou não em CD.

Os potenciais ganhos ecológicos são abalados pelos consumos e emissões nos centros de dados necessários para armazenar e entregar as músicas pela Internet, lembra o estudo feito para a Microsoft e a Intel. E também os aparelhos portáteis necessários para leitura das músicas (leitores MP3 ou telemóveis, por exemplo) que acabam no lixo, tal como baterias e computadores.

O impacto deste lixo electrónico afecta, em termos ambientais, os países que se dedicam a recebê-lo normalmente a troco de contrapartidas finance
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