Extrema direita no parlamento europeu

O Parlamento Europeu tem agora 736 deputados, ao invés dos 783 que teve na anterior legislatura. (Por isso é que a representação portuguesa passou de 24 para 22 deputados.) Sucede que, desses 736 deputados eleitos entre quinta-feira e domingo, um total de 36 são de extrema-direita, oriundos de (e eleitos por) partidos de treze países, que têm nos seus programas a xenofobia, o racismo, o anti-islamismo, a homofobia, o anti-semitismo, etc. Foi em nome desses “valores” que foram eleitos. A democracia tem destas coisas.

Na Holanda, por exemplo, o 2.º partido mais votado foi o VVD (Volkspartij voor Vrijheid en Democratie), que obteve 17% de votos. O seu líder, Geert Wilders, está legalmente impedido de entrar no Reino Unido.

No Reino Unido, o impensável aconteceu. O BNP (British Nacional Party) elegeu dois deputados. Nenhuma pessoa de cor pode ser membro do BNP, e os imigrantes, mesmo os europeus, deviam (diz o BNP) ser expulsos do país.

Em França, a FN (Front National) de Le Pen perdeu votos, mas conseguiu eleger três deputados.

Na Dinamarca, o DF (Dansk Folkeparti), com 13,5% conseguiu duplicar a representação parlamentar. São aqueles senhores que apoiaram os cartoons do Jyllands-Posten. Lembram-se?

Na Grécia, o LAOS (Laïkós Orthódoxos Synagermós), cujo líder, Georgios Karatzaferis, é um conhecido negacionista do Holocausto, obteve 7% e dois deputados.

Na Áustria, o FPÖ (Freiheitliche Partei Österreichs) obteve o dobro dos votos de 2004. Tem agora 13%. Bandeira eleitoral: «O Ocidente em mãos cristãs».

Na Hungria, o JOBBIK (Magyarországért Mozgalom) chegou aos 15% e três deputados. Patrocina milícias para-militares contra a presença de ciganos no país.

Na Eslováquia, foi também à custa de slogans anti-ciganos que a extrema-direita elegeu um deputado.

Na Bulgária, o ATTACK (Natsionalen Sǎyuz Ataka), partido declaradamente anti-imigrantes e anti-muçulmano, manteve os seus dois deputados com os 12% de votos obtidos.

Na Roménia, o ultra-nacionalista PRM (Partidul România Mare), que não tinha representantes no Parlamento Europeu, elegeu agora três deputados.

Na Finlândia, tão cool, o partido dos “verdadeiros” filandeses, o PS (Perussuomalaiset), da direita radical, obteve 10% e elegeu um deputado. Mote da campanha: «Rua com os imigrantes».

Na Itália, onde Berlusconi ganhou folgadamente — mas, ao pé desta gente, Berlusconi é um “democrata”... —, a oposição à sua direita, representada pela LN (Lega Nord), elegou 9 deputados. Também não querem imigrantes.

Na Bélgica, o VL (Vlaams Beleng), com 6%, perdeu um lugar. Mas ainda lá ficaram dois deputados.

LINK: http://daliteratura.blogspot.com/2009/06/sinais-muito-preocupantes.html

enfim...

ha 36 de extrema direita e se calhar ha 36 de extrema esquerda mas isso ja ninguem se importa....

se e parlamento deve haver representantes de todas as ideologias...

O que acho importante é que se o povo europeu vota dessa forma é porque cada vez mais se reveem nessas ideias e isso não é por acaso.
É um sinal que as políticas devem ser revistas.

freezing_moon escreveu:ha 36 de extrema direita e se calhar ha 36 de extrema esquerda mas isso ja ninguem se importa....

se e parlamento deve haver representantes de todas as ideologias...

ideologias dessas nao obg, francamente. ideologias que vão contra os direitos humanos? pelo amor de deus.

Há partidos que apoiam ideias que são anti constitucionais nos seus países. Isso não tem sentido nenhum... enfim...

de qualquer forma, acho que, no futuro, iremos caminhar para cada vez mais extremismo, seja de esquerda ou de direita. São ciclos... quando se instalar o caos e as pessoas não souberem o que significa "democracia", "respeito" e outras que tais, vai voltar ao começo e vão estar os partidos "centristas" outra vez em voga. Não tenho grandes dúvidas que será assim...

Pior do que tudo isto são as confusões que muita gente faz relativamente ao significado de "anarquia" ou "nacionalismo". Infelizmente os líderes convertem os seus seguidores com bons discursos retóricos mas sem pingo de significado...

Enfim...

max escreveu:
de qualquer forma, acho que, no futuro, iremos caminhar para cada vez mais extremismo, seja de esquerda ou de direita. São ciclos... quando se instalar o caos e as pessoas não souberem o que significa "democracia", "respeito" e outras que tais, vai voltar ao começo e vão estar os partidos "centristas" outra vez em voga. Não tenho grandes dúvidas que será assim...

concordo...

o problema e o centrismo corrupto actual...e a classe politica liberal e com ideias bonitinhas mas que nao defende os direitos de toda a gente mas apenas o de alguns...

ou seja defende-se a igualdade entre todos quando no fundo as politicas praticadas fomentam as desigualdades cada vez maiores entre os cidadaos...dai o tal extremismo, que e nada mais que o sinal de revolta das pessoas,que quer vire para um lado quer vire para o outro nao é nada bom mas as vezes e um mal necessario...uma ruptura necessaria para a mudança.

nao apoio nenhum movimento extremista mas as vezes quaase que os consigo compreender...