D. Duarte elogia bandeira que 'restaura' monarquia
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D. Duarte elogia bandeira que 'restaura' monarquia
Cerca de 99 anos depois de a bandeira da República ter sido hasteada nos Paços do Concelho de Lisboa, ontem deu-se uma iniciativa inversa. A bandeira da monarquia flutuou até ao final da manhã e a autarquia lisboeta garante que já apresentou queixa contra os autores da iniciativa, elementos do blogue 31 da Armada, que prometem repetir acções deste tipo...
"Restaurar a legitimidade monárquica" é o objectivo assumido pelo blogue 31 da Armada, que hasteou na madrugada de ontem uma bandeira azul e branca na varanda dos Paços do Concelho de Lisboa, precisamente no mesmo local onde, há quase 99 anos, foi proclamada a instauração da República. Subindo - por uma escada de três metros - à varanda, os bloggers hastearam a bandeira monárquica e levaram consigo a bandeira do município, facto que levou a Câmara de Lisboa a referir, em comunicado, ter avançado já com "a apresentação da respectiva queixa" às entidades competentes.
Rodrigo Moita de Deus, um dos fundadores e autores regulares do bloque - disponível na Internet em http://31daarmada.blogs.sapo. pt/ - adiantou ao DN que "em nenhum caso houve qualquer falta de respeito para com os símbolos nacionais" (ver entrevista na última página).
A acção é explicada pelo próprio blogue que assume que "durante a madrugada, e apesar da forte vigilância policial, elementos do 31 da Armada subiram heroicamente até à varanda do Paços do Concelho e hastearam a bandeira azul e branca".
Os monárquicos lembram que "há 99 anos atrás, no dia 5 de Outubro, um punhado de homens, contra a vontade da maioria dos Portugueses, tinha feito a mesmíssima coisa proclamando assim a república. O resto do país ficou a saber por telegrama".
O blogue refere que, "aproveitando as férias de Verão e numa inédita acção de guerrilha ideológica, foi restaurada a legitimidade monárquica". Avisam ainda os portugueses de que "podem permanecer calmos nas vossas casas: foi restaurada a monarquia. E o país fica a saber pela internet", avisando mesmo que este "é o contributo do 31 da Armada para as comemorações do Centenário da República".
A iniciativa deste grupo é vista de formas muito diferentes na sociedade portuguesa, onde a Constituição da República proíbe mesmo que se leve a referendo a questão da monarquia.
"Estou muito satisfeito" referiu D. Duarte de Bragança ao saber da iniciativa pelo DN. O pretendente à coroa portuguesa frisou "apoiar todas as acções que se traduzam no reforço do sentimento de patriotismo e da divulgação do que é a história de Portugal".
"Contrariamente ao que por vezes se pensa, todas as bandeiras que representaram Portugal continuam a ser bandeiras nacionais", diz, lembrando ainda: "no Colégio Militar, a instituição mantém precisamente as várias bandeiras da monarquia portuguesa bem como a da República pois "todas elas representam Portugal".
Já a autarquia lisboeta, num curto comunicado, tomou posição face à inédita iniciativa: "a CML retirou da varanda principal dos Paços do Concelho uma bandeira azul e branca com as armas da monarquia que durante algumas horas ali esteve hasteada, substituindo indevidamente a bandeira com as armas da cidade que entretanto desapareceu".
A autarquia acrescenta mesmo que, "na sequência do incidente, o Município de Lisboa tomou medidas no sentido de averiguar as circunstâncias em que este ocorreu, tendo participado o caso às autoridades competentes".
O Ministério da Administração Interna, a meio da tarde de ontem, desconhecia a intervenção do blogue na colocação da bandeira da monarquia na CML e, até à hora de fecho desta edição, não prestou nenhum esclarecimento.
As instalações do MAI estão paredes meias com o edifício dos Paços do Concelho, numa zona onde existe igualmente o Tribunal da Relação de Lisboa e vários outros edifícios públicos, já que se trata de uma área vizinha com o Terreiro do Paço (ver infografia).
Do lado republicano, a acção foi vista com crítica, mas sem que lhe seja dada particular destaque. "Uma brincadeira irrelevante" assim a qualificou ao DN António Reis, Grão Mestre do Grande Ori- ente Lusitano (GOL).
Já Ricardo Alves, presidente da Associação República e Laicidade, frisou que não compreende "o que significa este tipo de acção". Ao DN, diz que"não se percebe se em causa está restaurar a monarquia que caiu a 5 de Outubro, se restaurar o Estado Novo ou defender uma ligação com Espanha que é quem neste momento na Península Ibérica é uma monarquia".
Com ironia, Ricardo Alves questiona mesmo " quem foi o rei durante as varias horas em que a bandeira esteve hasteada?" No blogue identificava-se apenas como "rei"... Darth Vader, personagem da saga "Guerra das Estrelas". Na acção, os bloggers monárquicos também usaram a máscara de Vader.
in DN
"Restaurar a legitimidade monárquica" é o objectivo assumido pelo blogue 31 da Armada, que hasteou na madrugada de ontem uma bandeira azul e branca na varanda dos Paços do Concelho de Lisboa, precisamente no mesmo local onde, há quase 99 anos, foi proclamada a instauração da República. Subindo - por uma escada de três metros - à varanda, os bloggers hastearam a bandeira monárquica e levaram consigo a bandeira do município, facto que levou a Câmara de Lisboa a referir, em comunicado, ter avançado já com "a apresentação da respectiva queixa" às entidades competentes.
Rodrigo Moita de Deus, um dos fundadores e autores regulares do bloque - disponível na Internet em http://31daarmada.blogs.sapo. pt/ - adiantou ao DN que "em nenhum caso houve qualquer falta de respeito para com os símbolos nacionais" (ver entrevista na última página).
A acção é explicada pelo próprio blogue que assume que "durante a madrugada, e apesar da forte vigilância policial, elementos do 31 da Armada subiram heroicamente até à varanda do Paços do Concelho e hastearam a bandeira azul e branca".
Os monárquicos lembram que "há 99 anos atrás, no dia 5 de Outubro, um punhado de homens, contra a vontade da maioria dos Portugueses, tinha feito a mesmíssima coisa proclamando assim a república. O resto do país ficou a saber por telegrama".
O blogue refere que, "aproveitando as férias de Verão e numa inédita acção de guerrilha ideológica, foi restaurada a legitimidade monárquica". Avisam ainda os portugueses de que "podem permanecer calmos nas vossas casas: foi restaurada a monarquia. E o país fica a saber pela internet", avisando mesmo que este "é o contributo do 31 da Armada para as comemorações do Centenário da República".
A iniciativa deste grupo é vista de formas muito diferentes na sociedade portuguesa, onde a Constituição da República proíbe mesmo que se leve a referendo a questão da monarquia.
"Estou muito satisfeito" referiu D. Duarte de Bragança ao saber da iniciativa pelo DN. O pretendente à coroa portuguesa frisou "apoiar todas as acções que se traduzam no reforço do sentimento de patriotismo e da divulgação do que é a história de Portugal".
"Contrariamente ao que por vezes se pensa, todas as bandeiras que representaram Portugal continuam a ser bandeiras nacionais", diz, lembrando ainda: "no Colégio Militar, a instituição mantém precisamente as várias bandeiras da monarquia portuguesa bem como a da República pois "todas elas representam Portugal".
Já a autarquia lisboeta, num curto comunicado, tomou posição face à inédita iniciativa: "a CML retirou da varanda principal dos Paços do Concelho uma bandeira azul e branca com as armas da monarquia que durante algumas horas ali esteve hasteada, substituindo indevidamente a bandeira com as armas da cidade que entretanto desapareceu".
A autarquia acrescenta mesmo que, "na sequência do incidente, o Município de Lisboa tomou medidas no sentido de averiguar as circunstâncias em que este ocorreu, tendo participado o caso às autoridades competentes".
O Ministério da Administração Interna, a meio da tarde de ontem, desconhecia a intervenção do blogue na colocação da bandeira da monarquia na CML e, até à hora de fecho desta edição, não prestou nenhum esclarecimento.
As instalações do MAI estão paredes meias com o edifício dos Paços do Concelho, numa zona onde existe igualmente o Tribunal da Relação de Lisboa e vários outros edifícios públicos, já que se trata de uma área vizinha com o Terreiro do Paço (ver infografia).
Do lado republicano, a acção foi vista com crítica, mas sem que lhe seja dada particular destaque. "Uma brincadeira irrelevante" assim a qualificou ao DN António Reis, Grão Mestre do Grande Ori- ente Lusitano (GOL).
Já Ricardo Alves, presidente da Associação República e Laicidade, frisou que não compreende "o que significa este tipo de acção". Ao DN, diz que"não se percebe se em causa está restaurar a monarquia que caiu a 5 de Outubro, se restaurar o Estado Novo ou defender uma ligação com Espanha que é quem neste momento na Península Ibérica é uma monarquia".
Com ironia, Ricardo Alves questiona mesmo " quem foi o rei durante as varias horas em que a bandeira esteve hasteada?" No blogue identificava-se apenas como "rei"... Darth Vader, personagem da saga "Guerra das Estrelas". Na acção, os bloggers monárquicos também usaram a máscara de Vader.
in DN
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